Dismas Hardy, assistente do procurador geral, abre a barriga de um tubarão agonizante e encontra a mão de um homem com um anel de jade. Quando o resto do corpo vai dar na praia, fica evidente que ele foi morto a tiros por uma pessoa conhecida. É quando Hardy e designado para atuar como promotor do maior julgamento de assassinato de São Francisco, cujo suspeito é uma garota de programa. Por uma bizarra série de eventos, ele passa a assistente de uma ambiciosa promotora, em seguida é despedido. Quando a acusação recai sobre uma pessoa que ele conhece, respeita e admira, no entanto, torna-se seu advogado de defesa. Agora Hardy terá de enfrentar um conjunto de adversidades que inclui sedução, dúvidas e conflitos interiores. Prova material prende a atenção do leitor a cada passo da trama, tirando-lhe o fôlego com suas muitas e sempre surpreendentes reviravoltas. Tudo temperado por uma cor local realista e saborosa, descrição minuciosa do tribunal e seus rituais e um conjunto de personagens de grande credibilidade. A "vedete" dos romances policiais de John T. Lescroart é sempre o tribunal do júri. Nele, o leitor, como personagem oculto e conhecedor privilegiado de todos os motivos - sejam eles legítimos ou não - que levaram o réu a julgamento, passa a ter uma aula intensa do veredicto que ele possa receber com base na argumentação eloquente, calcada em provas e/ou falta delas , que a promotoria e a defesa usará para condená-lo ou absolvê-lo. É no julgamento do réu, na acirrada disputa entre os advogados - muitas vezes torna-se praticamente secundário saber a identidade do assassino - que está o ponto alto das tramas de Lescroart, o seu momento mais eletrizante
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