Nesse dia quente de Outubro, na sua isolada casa de férias no Maine, Gerald Burlingame jogou pela última vez. A mulher, Jessie, ao ouvir o estalido do segundo par de algemas que lhe prendia os pulsos à cabeceira da cama, pressente que o marido se preparava para ultrapassar as regras do jogo. Zangada e humilhada, defende-se com um pontapé nos testículos, que acaba por ser fatal. Gerald morre, por efeito de uma crise cardíaca. Em luta contra o pânico, Jessie fica presa, no quarto da casa à beira do lago, a milhas de distância da povoação mais próxima. Não estará, porém só, ao longo das vinte oito horas da que é, por certo, a mais intensa situação de suspense da história da literatura. Nesse período infindável, Jessie Burlingame, enfrentará todos os fantasmas que sempre a apavoraram. As sombras reais e irreais que se acumulavam na obscuridade do quarto, a porta das traseiras, aberta, que bate a um ritmo enervante. Vozes que efectivamente ouve, murmuram ou gritam, sarcásticas: No escuro, as mulherzinhas sózinhas são como as portas abertas... E se gritam por socorro, quem sabe o que de terrível lhes pode acontecer?! Stephen King sabe. E demonstra-o em O Jogo de Gerald, onde penetra até ao fundo das mais recônditas camadas do medo e da coragem de uma mulher. O maior dos mestres do terror porá violentamente à prova os nervos de Jessie. E também dos seus, leitor...
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