«Aqui não se sabe o que é mais necessário admirar: a autoridade, a cultura, a capacidade de desordenar as ideias recebidas ou a clareza muito clássica com a qual o autor domina os seus conceitos... As suas análises são aquelas de que, de momento, mais temos necessidade. É uma festa de inteligência. Este livro apresenta-nos o interesse capital de colocar a fronteira precisa entre a "certeza moral" pessoal e autónoma, sobre a qual se construiu a República e "a ordem" moral dominante, que cada vez mais se assemelha a uma guerra de facções.»Alain-Gerard Slama, in Le Figaro Litteraire, Abril, 1995
«Com O Justo e o Verdadeiro, Raymond Boudon procura edificar uma teoria da origem das crenças colectivas as quais trazem para a realidade (crenças "assertórias"), ou sobre os valores (crenças "axiológicas"). Por que razão acreditamos que dois e dois são quatro, que o jogging é bom para a saúde, que a democracia é o melhor dos regimes possíveis? Porque, responde Boudon, temos "boas razões para o acreditar". Esta resposta apoia-se sobre duas hipóteses que estão longe de ser evidentes. Por um lado Boudon tem por adquirido que a única forma de explicar um fenómeno de grupo consiste em se questionar o que ele significa para os indivíduos que compõem este grupo. Por outro lado Boudon declara-se partidário de uma concepção "cognitivista" da crença. Para ele toda a crença individual, quer seja verdadeira ou falsa, deve explicar-se por razões e não por motivos de ordem extra-racional, mais ainda, por razões suficientemente válidas capazes de serem partilhadas pela maior parte das pessoas.»Christian Delacampagne, Observateur
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