É surpreendente, quatro séculos depois da sua morte, que a densidade do pensamento de Michel de Montaigne (1533-1592) nos ofereça ainda tanto para descobrir. Montaigne, que nasceu e morreu numa época marcada pelas intolerâncias de protestantes e católicos, fez dos seus Ensaios um hino à vida, um hino tenaz e inadiável. E, quando, a mais de quatrocentos anos da sua morte – neste nosso tempo de tolerâncias forçadas, complacências de superfície, outro modo afinal de engordar fundamentalismos e guerras santas, abusos do Direito (sendo este um oportuno alheamento do ser único), formas sub-reptícias de assacar e infligir o poder –, relemos este autor, somos arrebatados pela modernidade do seu espírito: a recusa absoluta de transformar a opinião em poder, o desprezo pela violência, a defesa intransigente do prazer.Este Pequeno Vade-mécum, composto por fragmentos e trechos retirados dos Ensaios, pretende constituir-se um luzeiro para o leitor não especialista penetrar a «floresta luxuriante» de Montaigne.
This product has run out of stock. You may send us an inquiry about it.
This product is currently unavailable. You may send us an inquiry about it.