O desenvolvimento técnico e científico pode ser considerado como o braço secular de uma filosofia que surge em toda a sua força no século XVII. Esta filosofia coloca a preeminência do homem na natureza. Ela é fundada na ideia de superioridade. O ritmo da mudança das sociedades vai agora ser rápido, sendo este movimento impulsionado pela convergência entre filosofia e humanismo, o conhecimento científico que aumenta a superioridade na natureza e a economia que desenvolve o bem-estar. Este movimento regista-se numa visão coerente do homem no mundo. Contudo, esta convergência está hoje perdida. Vários factores de divergência surgem. O homem moderno descobre por toda a parte os limites do humanismo nos limites da sua própria superioridade. As linhas de quebra que o mundo moderno desenha no humanismo serão examinadas. Estimulada pelas múltiplas divergências, a interrogação sobre o humanismo permanece central na filosofia do século xx. Com Heidegger, a técnica surge como o prolongamento da metafísica em que ela exaspera a ocultação do ser em vantagem dos entes. Compreender o humanismo, esta condição dos entes, da maneira e da natureza, em vantagem do homem, é compreender o feito técnico.
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