Reúnem-se no presente volume estudos e ensaios redigidos ao longo dos últimos quinze anos, distribuídos por três secções. Consiste a primeira em textos que visam esclarecer o sentido da cultura atlântica, portuguesa e brasileira, desde as suas arcaicas raízes mítico-simbólicas e imaginárias até algumas das suas expressões contemporâneas. A segunda integra estudos que, ainda na área da filosofia do mito, do símbolo e do imaginário, com uma maior abertura para a filosofia da religião, versam sobre textos e temas fundamentais da literatura medieval, como a Navegação de São Brandão e o ciclo do Graal, e sobre a tradição dos loucos de Deus no cristianismo. A terceira é constituída por um extenso estudo onde se apresenta a visão diferenciada da Europa metafísica e histórico-cultural surgida num pensador do seu extremo oriental, Berdiaev, hoje menos recordado. O que unifica as três secções e justifica o título é uma meditação sobre os limites e sua possível conversão em limiares, uma meditação sobre as fronteiras, não como linhas de separação e antes de passagem, uma meditação, enfim, sobre as regiões crespusculares, madrugantes ou vespertinas, da cultura, da experiência humana, do pensamento e do espírito. Do Finistérreo Pensar inspira-se no dizer camoniano - "onde a terra se acaba e o mar começa" - como metáfora da universal viagem da consciência a deixar as seguranças do conhecido em demanda da Verdade ignota. Paulo Alexandre Esteves Borges é professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e autor, entre outras obras, de Ronda da Folia Adamantina (poesia) (1992) e A Plenificação da História em Padre António Vieira. Estudo sobre a ideia de Quinto Império na Defesa perante o Tribunal do Santo Ofício (1995).
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