« […] convém sublinhar que o virtuosismo de António Figueira está sempre ao serviço de uma ideia de literatura. Ou melhor, de uma vontade literária em contínuo questionamento, a que não falta graça e panache, gozo lúdico e ironia. Seja na Ode ao Nabo, que defende o «encanto» do mui «nobre vegetal» (num único mas veemente parágrafo), seja na engenhosa paródia às teorias da conspiração (Rerum Cognoscere Causas), seja na formidável mas trágica saga do «primeiro grande não-autor da história da literatura mundial» (deliciosa sátira aos mitos literários e ao culto fetichista dos respectivos espólios), vemos surgir do nada uma voz poderosa. O Filho de Campo de Ourique que dá título ao livro pode ser um simulacro de escritor, uma divertida inexistência. Mas o pai do Filho de Campo de Ourique, pelo contrário, é um escritor a sério.»José Mário Silva, Ler
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