A história da cumplicidade sul-africana na manutenção portuguesa de Angola e Moçambique. «O enfraquecimento dos movimentos de libertação que combatiam as forças portuguesas em Angola e Moçambique interessava manifestamente à África do Sul. Eram conhecidas ligações entre movimentos que operavam num e noutro lado das fronteiras. E, num contexto de Guerra Fria, eram conhecidos quais os apoios internacionais e as estratégias em confronto. África era cobiçada pelos dois blocos, e essa animosidade nem sempre favorecia as pretensões de Lisboa e Pretória.Pelo contrário, mesmo no seio do Ocidente, alguns países dividiam-se em momentos de apoio, distanciamento ou até contestação.Este cenário irmanava Portugal e a África do Sul na defesa do que consideravam ser valores civilizacionais e pró-ocidentais no continente africano.Acresce que se no caso do primeiro existia uma metrópole europeia, no segundo, a comunidade branca não tinha abrigo na Europa. Assim, aguentar em Portugal, e nos respectivos espaços africanos, e resistir na África do Sul resumiam estados de espírito que eram partilhados pelos dois países.»
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