A 4 de agosto de 1578, numa tentativa irreflectida de resgatar Marrocos das mães dos infiéis, o rei de Portugal, D. Sebastião, conduziu as suas tropas para o massacre e ele próprio encontrou a morte. Dezasseis anos mais tarde, D. Sebastião reerguer-se-ia de entre os mortos.Num dos maiores embustes da história de Portugal, Gabriel de Espinosa, pasteleiro de profissão e antigo soldado sob as orientações de um eminente frade português que apareceu numa vila conventual espanhola fazendo-se passar pelo monarca desaparecido.Os responsáveis, bem como um vasto conjunto de freiras, monges e criados, foram presos e interrogados durante quase um ano, enquanto um grupo de juízes tentava deslindar a história ¿ mas os culpados viriam a morrer deixando muitas perguntas sem resposta.O pasteleiro que queria ser rei de Portugal relembra esta conspiração, marcada tanto pela intriga como pelo absurdo, mostrando-nos como as histórias deste género são urdidas, contadas, postas a circular e aceites como verdadeiras, todas partilhando a esperança ou a crença de que D. Sebastião tinha sobrevivido e iria regressar um dia.
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