A COMPLEXIDADE DA TRADIÇÃO LIBERTINA PLASMADA NA OBRA SINGULAR DE LUIZ PACHECO
O pensamento libertino tem sido maioritariamente reduzido ao âmbito do desregramento dos costumes, sobretudo nos domínios da sexualidade e da problematização da experiência religiosa. Este livro propõe uma leitura mais ampla das questões suscitadas pela tradição libertina, concentrando‑se na natureza humana e no contraponto entre liberdade individual e fixação cultural de representações do mundo universalizantes.
A reflexão sobre as constantes históricas que ajudam a pensar o conceito de libertino toma Luiz Pacheco como caso exemplar, apresentando‑o como o autor português que mais complexamente experienciou a condição libertina e, sobretudo, como aquele que mais reflectiu sobre ela, inscrevendo‑a no panorama crítico do abjeccionismo português. A centralidade da crítica no discurso desenvolvido no contexto do surrealismo e do abjeccionismo em Portugal é analisada tendo como ângulo privilegiado a leitura específica que Luiz Pacheco fez da libertinagem, expondo‑a como potencialidade para o dinamismo cultural assente na persistente revisão dos valores estabelecidos.
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