«Montaigne muda à medida que relê e revê o seu próprio livro; mais talvez do que em qualquer outro caso, o livro é o homem e o homem é o livro. Nenhum outro escritor se escuta a si mesmo tão agudamente quanto Montaigne sempre faz; nenhum outro livro é tanto um processo em movimento. Não consigo conhecer bem o livro, embora o releia constantemente, porque ele é um milagre de mutabilidade. Que eu saiba, a única experiência de leitura equivalente a esta é reler, vezes e vezes sem conta, os livros de notas e os diários de Ralph Waldo Emerson, que é a versão americana de Montaigne. Mas os diários de Emerson são necessariamente um vasto amontoado, não um livro, enquanto as auto-análises de Montaigne são um livro. Para um crítico elegíaco como eu, os Ensaios de Montaigne têm um estatuto de escritura, competindo com a Bíblia, o Alcorão, Dante e Shakespeare. De todos os escritores franceses, mesmo Rabelais e Molière, Montaigne é aquele que dá a impressão de estar menos limitado por uma cultura nacional, embora, paradoxalmente, tivesse contribuído em muito para a formação do intelecto da França.»
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