A parafernália da era digital mergulha-nos num estado permanente de servidão voluntária. Quase sem termos consciência disso, vivemos hoje num estado de mobilização total, uma expressão de Ernst Jünger, que a aplicou ao mundo que irrompeu com a Primeira Guerra Mundial e que tornou esse conflito inédito: a sociedade inteira foi compulsivamente alistada ou, pelo menos, obrigada a disponibilizar-se para engrossar a economia da guerra. Essa disponibilidade para a mobilização total ocorre precisamente, no século XXI, com os dispositivos ideológicos e técnicos, capazes de controlar tudo o que diz respeito à experiência humana. Maurizio Ferraris, filósofo italiano, regressa a este conceito para pensar o impacto intrusivo e manipulador da Web, bem como a sua capacidade de modificar e condicionar a vida daqueles que julgam poder dominá-la. Haverá saída para contornar este horizonte antropológico? Maurizio Ferraris confessa-se pessimista, mas diz que sim, e aponta para a procura da compreensão: ainda que compreender não signifique transformar, é, porém, a grande possibilidade que nos é dada enquanto seres humanos
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