Jorge Luis Borges, que o admirava, várias vezes o recordou; escolheu-o para a sua Biblioteca de Babel e depois da sua morte resumiu-o com muita eficiência: «Como o de Quevedo, como o de Joyce, como o de Claudel, o génio de Leopoldo Lugones é fundamentalmente verbal. Não há uma página do seu extenso labor que não possa ler-se em voz alta e não tenha sido escrita em voz alta. Períodos que noutros escritores resultariam ostensivos e artificiais, correspondem nele à plenitude e às amplas evoluções da sua natural entoação.[…]Leopoldo Lugones era director da Biblioteca Nacional de Maestros, presidente da Sociedade Argentina de Escritores, e em 1926 […] tinha recebido o Prémio Nacional de Literatura. Mas, indiferente a estes prestígios, recolhia-se numa solidão apenas enfeitada pela sua obra poética (Lunario Sentimental continua inapagável referência para os estudiosos da poesia argentina), por escritos em prosa onde existem ensaios, uma única novela intitulada El Ángel de la Sombra (1926) e contos que chegam a cento e trinta e um, seleccionados por ele próprio para formar La guerra gaucha (1905), Las fuerzas extrañas (1906), Cuentos (1916) e Cuentos fatales (1924), ou conviverem com poemas em Lunario Sentimental (1909) e Filosofícula (1924). [Aníbal Fernandes]
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