No século XVI, Nicolau Clenardo era uma figura de destaque em toda a Europa. Teólogo, humanista, professor e conhecedor de latim, grego, hebraico e árabe, este homem tinha as condições para atingir a imortalidade. Enquanto ser humano, era extremamente corajoso, e a obstinação com que defendia o diálogo com aqueles que não partilhavam da mesma religião era extremamente rara naquela época. Apesar disso, Clenardo foi quase esquecido pela história. Particularmente, talvez, devido à sua excessiva crença na humanidade. Após ter leccionado em Lovaina, Paris, Salamanca e na corte portuguesa, decidiu mudar o rumo da sua vida. Assim, partiu para a cidade marroquina de Fez com o objectivo de iniciar um diálogo de paz entre o Cristianismo e o Islão, tendo sido criticado por fiéis de ambos os lados, já que o espírito da época propiciava o acentuar do abismo entre os dois mundos. Expulso de Fez e perseguido pela Inquisição espanhola, morreu só e sem posses em Granada.Este romance, baseado em factos históricos e parcialmente desenrolado em Portugal, debruça-se sobre este monge cristão que, há cerca de 500 anos, lutava para perceber as crenças islâmicas. Foi um autêntico precursor do diálogo ecuménico, sendo as suas afirmações sobre a paz e a tolerância mais actuais hoje do que nunca.
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