Apresentadas por Manuel Castells, Habermas e André Gorz, dentre tantos outros, as teses que se inserem na linhagem da desconstrução do trabalho e do definhamento da teoria do valor soçobraram. Não resistiram sequer aos finais do século XX e inícios do século que agora estamos iniciando. Nenhum estudo sério, hoje, pode dar respaldo (ontológico) às formulações (epistemologizantes) daqueles que propugnavam a eliminação do trabalho vivo no mundo produtivo (que teria se tornado residual como fonte criadora de valor). Pensamento incapaz de imaginar que a totalidade do trabalho social deve abranger também (e decisivamente) o Sul do planeta, estas teses vêm sendo felizmente substituídas por novos estudos que procuram compreender o movimento do real em seus distintos modos de ser. Floresce, então a boa crítica da crítica. É aqui que reside o mérito maior deste pujante livro de João Valente Aguiar. Seu principal esforço analítico está voltado para a compreensão do que denominei como expressando a nova morfologia da classe trabalhadora e suas formas de acção concreta (no caso concreto, e no final do livro, o estudo da classe trabalhadora do Alentejo). O que leva o autor a recuperar e avançar na indicação das novas configurações e modalidades da lei do valor hoje.
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