D. Henrique foi um verdadeiro homem do seu tempo, perfeitamente enquadrado na Sociedade em que viveu, itinerante no espaço continental, com vista à concretização de objectivos múltiplos, pois muito variadas eram também as suas linhas de acção, os campos em que actuava e aqueles em que foi chamado a operar e propor soluções.Homem de gestos grandiosos, encarnava bem o seu papel de Príncipe, de atitudes palacianas, como importante senhor feudal que foi. Diplomata convicto, interferiu, com os seus pareceres, nos destinos políticos, internos e externos, do País.Em 1420, o Infante era nomeado Administrador-Geral da Ordem de Cristo ou seu Grão-Mestre o que constituiu outro dos grandes alicerces da sua Casa Senhorial. Ligue-se o facto à decisão régia da outorga de bens de raiz, em 1411, na Comarca da Beira. Pareceu-nos que D. João I traria já em mente pedir ao Papa, em tempo oportuno, a designação de seu filho para aquele cargo. Assim, doou-lhe o ducado de Viseu, o senhorio da Covilhã, bens de raiz que se foram espalhando pela Beira e, posteriormente, entregou-lhe o governo da Ordem que detinha as suas principais comendas naquela comarca e nos seus limites, na Estremadura, e na parte Norte do Alentejo. A jurisdição de D. Henrique actuava, após 1420-1421, numa enorme mancha que abrangia todas aquelas zonas, pontuadas por feudos, na grande maioria da sua extensão geográfica. A Casa Senhorial associada àquela instituição, ambas sob a jurisdição henriquina, tornaram-se, pensamos que propositadamente, num grande potentado, fazendo daquele um importante senhor feudal.
This product has run out of stock. You may send us an inquiry about it.
This product is currently unavailable. You may send us an inquiry about it.