Na primeira exposição universal, a Grande Exposição de Londres de 1851, foram exibidas várias fotografias científicas, sobretudo astronómicas, como a fotografia da lua de John Adams Whipple. Por vezes as fotografias eram acompanhadas de instrumentação e materiais provenientes de expedições científicas; foi o que aconteceu na Exposição Universal de Paris de 1889, onde o Príncipe Alberto do Mónaco, um dos grandes exploradores oceanográficos do final do século XIX, apresentou o resultado das suas campanhas, exibindo fotografias e instrumentos oceanográficos. Em Portugal, os poucos livros em língua portuguesa sobre a história da fotografia abordam principalmente os estudos de pioneiros que praticaram o retrato fotográfico ou a fotografia de paisagem como forma de arte. Estas publicações e outras, como trabalhos de pesquisa e teses, raramente incorporaram aplicações científicas da fotografia desenvolvidas por cientistas portugueses. Por isso, o trabalho desenvolvido neste projecto visou a análise científica do impacto da fotografia na ciência, bem como o papel desta no desenvolvimento de instrumentação e dos processos fotográficos, com ênfase para a contribuição de cientistas portugueses durante o século XIX até aos anos 30 do século XX. O âmbito deste livro é amplo, mas não exaustivo; não abrange toda a ciência praticada em Portugal, todos os cientistas, ou mesmo todas as fotografias científicas para o período de que trata, de 1839 até aos anos 30 do século XX. Tratou-se de escolher alguns temas em que os cientistas portugueses se evidenciaram, utilizando a imagem fotográfica para ilustrar, documentar e transmitir os resultados da sua investigação.
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