Eis uma história de um amor que se rememora. O livro abre-se numa ode ao quotidiano, às pequenas coisas, aos pequenos gestos, aos rituais que formam um casal e uma vida. Tudo se torna sublime neste amor sem fim em estado nascente, tudo se transcende através do amor mútuo: o café da manhã, a rega das flores, a música no carro, o mercado. Sem cessar, os dois enamorados escrevem pequenas palavras um ao outro, oferecem-se pequenos desenhos que o livro nos mostra. Edgar Morin pinta-nos o retrato da sua amada: uma mulher fascinante, marcada por dolorosas experiências, uma mulher ainda criança que vive no seu mundo imaginário construído para suportar a realidade, uma mulher intuitiva, e por vezes telepata, recusando que um psicólogo surja na sua vida para lhe violar os segredos do seu ser. O retrato de um ser complexo a ser amado até à exaustão, e é assim que Edgar Morin a ama.Esta história de amor não foi simples, no início: muitos atrasos, encontros falhados, porém cruzam-se inúmeras vezes no caminho que fazem. No entanto, ao fim de dezassete anos, de várias falsas partidas, de outras relações e uniões de ambos, reencontram-se porque esse era o seu destino. Anos e anos de felicidade absoluta, por fim a doença e a morte e, para Morin, o luto impossível daquela que irrigava a sua vida, ainda simultaneamente presente e ausente. É este luto que o autor nos conta, dia a dia, durante um ano, dando-nos a possibilidade de sentir esses momentos lancinantes em que a mínima coisa se torna emocional, gera o caos. Um livro marcante, escrito de forma soberba, fascinante, cheia de amor. Uma magnífica descoberta do que é o verdadeiro amor que se sente, vive e cultiva até nas idades mais avançadas. Uma obra que é um verdadeiro prazer de leitura, mesmo quando as lágrimas de emoção nos toldam os olhos.
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