Os temas políticos e morais não implicam necessariamente a escrita de livros compactos, de tratados sistemáticos. Alain Touraine e Farhad Khosrokhavar adoptam aqui o procedimento inverso, o do diálogo. Ele permite a Alain Touraine impelir a sua reflexão sobre o sujeito, trabalho que iniciara em Crítica da Modernidade e Iguais e Diferentes. Farhad Khosrokhavar acompanha-o no seu encaminhamento, nunca hesitando em exprimir reservas e inquietações. Um e outro verificam que, perante as filosofias da história em ruínas, a pressão do interesse pessoal e a auto-satisfação dos detentores da ordem económica, o indivíduo de hoje, para encontrar o sentido da sua vida, volta-se deliberadamente para si mesmo – e já não para o passado, o futuro ou o presente, como foi o caso durante muito tempo. É em si que ele descobre o desejo de se construir como sujeito da sua própria existência. Desde logo, a acção colectiva encarna-se em movimentos mais culturais do que sociais. Tê-lo-emos compreendido, é mais do indivíduo que da sociedade de que aqui falam os sociólogos, assediados por uma questão que perpassa por todo o livro: a procura de si pode ensinar-nos a viver?
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