«O presente trabalho pretende ser, essencialmente, uma história da "fronteira" portuguesa em marcha para as fronteiras internacionais da Angola da actualidade. É uma história de pólvora e sangue. Uma história de sertão. Nela, raramente aparecem as cidades; e as sociedades crioulas nunca. Resulta da análise dos textos impressos e dos documentos dos arquivos que nunca na África negra os povos combateram e se sublevaram com tal frequência e de maneira tão maciça para recusar a colonização europeia ou para a repelir. Depois de ter verificado que aqueles que iriam ser os angolanos de hoje obrigaram o Exército colonial a manter-se em permanente estado de alerta e a organizar perto de 190 acções e campanhas (1848-1926), que estas acções e campanhas exigiram o empenhamento directo de mais de trinta mil soldados durante um total de 21 anos e dois meses em 48 anos (1879-1926) e que ainda se combatia em Angola em 1940-1941, o investigador pode perguntar a si próprio se não terá chegado às margens de um Gondwana da história, imerso na nossa ignorância de um passado todavia próximo.» René Pélissier
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