«Este ensaio de sociologia rural reconstitui, com rigor, as profundas transformações ocorridas numa aldeia que, em cerca de três décadas, se transforma de comunidade de trabalhadores agrícolas de um Alentejo latifundiário em subúrbio da cidade de Beja, com uma fugaz passagem pela experiência colectivista e revolucionaria da reforma agrária pós-1974. É um relato comovente e por vezes surpreendente de um processo de mudança social que reflecte, afinal, uma realidade bem mais ampla: a crescente urbanização dos campos, mesmo em lugares onde a paisagem e as pessoas teimam em relembrar um passado que cada vez mais se transforma em mera memoria.»João Ferrão
«Esta obra é um exemplo notável de como se processa o avanço no conhecimento sociológico, designadamente em torno do binómio rural-urbano, suas continuidades, mudanças e reconfigurações. Com base no estudo de uma região impregnada de densidade histórica e na revisitação de Albernoa - uma aldeia estudada no pós-25 de Abril por Afonso de Barros - o autor problematiza o rural-urbano, recupera criativamente duas perspectivas analíticas e representações socioespaciais - a erosão do mundo rural e a mutabilidade-resistência-adaptação do rural face ao urbano-central e industrial - para teórica e empiricamente se focalizar na reinvenção do rural, o que, sendo polémico, não deixa de evidenciar o processo contraditório de urbanização e marginalização do Alentejo actual.»Manuel Carlos Silva
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