Este livro é o resultado de alguns anos de relação dinâmica entre antropologia, intervenção pública e activismo. Debruçando-se sobre terrenos ocidentais - Portugal, Espanha, França e Estados Unidos da América - o objecto central é o casamento, a parentalidade e a família no que às pessoas homossexuais diz respeito. Na linguagem que foi sendo desenvolvida pelas formas culturais criadas pela experiência social da homossexualidade, o "armário" é a expressão que designa o ocultamento e o silenciamento da identidade gay ou lésbica. "Sair do armário" é o acto primordial de libertação, simultaneamente constitutivo do sujeito e politizador da identidade. Várias têm sido as "chaves" moldadas e experimentadas para abrir o armário: resistências, revoltas, provocações, festas, manifestações, comunidades, redes, movimentos, criações artísticas, etc. Mas nunca como hoje - pelo menos nas democracias liberais euro-americanas - se usou tanto o ideário da igualdade, dos direitos humanos e da cidadania para exigir as condições de possibilidade para o fim definitivo do "armário". O debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo torna-se assim central para uma ciência social que pretenda fazer a etnografia e a análise das transformações sociais contemporâneas.
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