Através dos seus actos de criador, Marcel Duchamp não pretendia impor uma nova linguagem revolucionária, mas propor uma atitude de espírito; é por isso que as suas entrevistas constituem uma notável lição de ética. Este filho de um notário da Normandia, irmão de Jacques Villon, o pintor, e de Raymond Duchamp-Villon, o escultor, tão profundamente "francês", terá sido, com efeito, um dos espíritos mais surpreendentes destes tempos em que a arte, neste meio século, conheceu mais artistas plásticos do que éticos. Quando o continente americano despertava para a nova pintura, ele próprio despertava para a liberdade. Todas as suas realizações, na sua cronologia, traduzem a libertação progressiva de um homem em relação à sua família, ao seu meio, à sua época, à realidade, às normas e meios tradicionais da arte do seu tempo. Porquê? Duchamp respondeu com humor: «Desde que os generais já não morrem a cavalo, os pintores já não são obrigados a morrer nos seus cavaletes.
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