Era uma vez um editor, Flávio Sousa. Era uma vez um médico (ou melhor, um psicólogo), João Pires, às voltas com a agonia da criação literária, que lhe apresenta o seu primeiro romance. E era uma vez uma bela e solitária tradutora e copy desk, Vera de Pôncio Pilatos e Costa Cabral, que se encarrega de burilar o original, a pedido do editor. Mas odeia o livro. E o escritor... detesta-a a ela. Desta quase intransponível antipatia mútua ao tórrido envolvimento vai um, talvez dois ou três passos. E aqui temos o par romântico inicial e o ponto de partida de Meu Único, Grande Amor: Casei-me.Fruto de uma observação atenta e perspicaz, esta delirante crónica de costumes em tom e forma de folhetim põe a nu o ridículo do nosso pequeno mundo de consumo e de aparências, dos faits-divers políticos aos meandros da intelectualidade passando por toda a gama de lugarescomuns sociais e culturais.
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