F. M. Cornford procura dissipar a ilusão de que haveria um campo de actividade que pertencia inicialmente aos poetas, e que mais tarde, no século VI a. C., foi repentinamente invadido pelo racionalismo prosaico do filósofo com métodos muito semelhante aos da ciência moderna, salvo com menos consciência da necessidade de cuidado na elaboração das experiências. Tal ilusão é encontrada nos historiadores modernos bastante obcecados pelo conflito religião e ciência. A existência de tal conflito, entre poesia e filosofia, prova segundo o autor a existência de um campo comum que ambos reivindicam. Ao invés de propor uma sucessão entre o poeta e o filósofo, seja por continuidade ou por descontinuidade, deseja, a partir da figura do xamã, mostrar a diferença entre: o poeta, o vidente e o sábio. Todos estes possuindo a característica comum de acesso ao mundo invisível.
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