D. Leonor de Távora era filha do 4.º conde de S. João da Pesqueira e 2.º marquês de Távora, e única herdeira destas ilustres casas. A Marquesa de Távora era uma mulher orgulhosa, dotada de espírito varonil e de grande ambição. Vivera na Índia, enquanto o marido desempunhara as funções de vice-rei. Aí se habituou a uma posição e a um fausto de que não encontrou par no seu regresso a Lisboa. D. Leonor estava muito chegada aos Jesuítas, sobretudo através da relação próxima com o padre Malagrita, seu guia espiritual, e nutria um profundo desprezo por Sebastião José de Carvalho. Em Setembro de 1758, quando o rei D. José sofreu um atentado, movendo-se a partir daí uma feroz perseguição a algumas famílias do Reino, foram as casas dos Távora e dos Duques de Aveiro as primeiras visadas. D. Leonor foi executada juntamente com o marido, os dois genros e os criados mais fiéis. As filhas foram encerradas em conventos e os netos obrigados a professar. Sem opositores, o Marquês de Pombal pôde exercer livremente o seu poder.
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