A criança miúda, franzina, de olhos azuis muito grandes e espantados, passará, no dia da morte da sua mãe, a responder, não pelo nome de baptismo, Mary Henrietta, ou “Dollie”, cognome atribuído por sua mãe, mas por Princesa, pois assim lhe chamava seu pai. “Em Colin Urqhhart havia um grão de loucura” e a Princesa, por este educada e de quem se tornou inseparável, aprendeu a ser amável para os demais seres - “noblesse oblige” - que, contudo, considerava vulgares.Quando o seu avô materno faleceu, a Princesa passou a receber uma avolumada quantia por ano, podendo pai e filha passar verões nos Grandes Lagos, na Califórnia, ou no Sudoeste.Franzina, vai crescendo sempre com o pai ao lado, qual guardiã da sua loucura, passando os anos sem o notar, até ao momento em que a morte deste a impulsiona a “fazer qualquer coisa” para fugir à vulgaridade de pensar nos homens com “olhar de casamento”. No entanto, o futuro seguirá um rumo diferente do desejado pela autoritária Princesa, para quem a incapacidade de amar ou de lidar com a sensualidade e o desejo resulta, neste conto magnífico, numa imensa tragédia pessoal.
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