Desde os anos 1960 que a escola tem sido objecto de numerosas análises críticas, quer científicas, quer políticas. A sociologia da educação expandiu-se nesses anos, numa época em que os responsáveis pelas grandes reformas escolares, um pouco por toda a Europa Ocidental, defendiam a ideia de uma possível democratização do ensino. Tópico privilegiado, como a fábrica ou a cidade, a escola estava então no cerne das preocupações da sociologia geral que iriam testemunhar, entre outros, os trabalhos de Bourdieu ou de Boudon. Teoria da reprodução ou individualismo metodológico? As paixões e polémicas excedem os limites do quadro escolar para se afrontarem sob a forma de visões do mundo. Desde o início dos anos 1980 que os sociólogos, abrindo-se aos horizontes intelectuais da hermenêutica e do construtivismo, sobretudo, começam a conhecer os benefícios do pluralismo interpretativo que Aron já havia tornado célebre.A obra aqui proposta tenta ao longo de sínteses sucessivas traçar as grandes etapas da evolução que conduz a sociologia da educação a uma abertura conceptual que é, aliás, o reflexo de uma transformação do modo de pensar sociológico dominante.A preocupação maior da autora é mostrar até que ponto é importante seguir o desenvolvimento da sociologia geral para compreender as modificações teóricas que afectaram as investigações relativas ao campo escolar.
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